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Robot CEOL vai utilizar deservadora laser

04/06/2021

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O robot multifunções CEOL, que está a ser desenvolvido pela empresa francesa Agreenculture, vai poder equipar com um sistema de deservagem por laser que, agregado a um equipamento de Inteligência Artificial e visão inteligente, permitirá eliminar infestantes ainda num estágio inicial nas condições de solo mais difíceis. O WeLaser é um projecto financiado pela União Europeia.

Pablo González de Santos, membro da equipa de desenvolvimento - pertencente ao Centro de Automação e Robótica, um centro conjunto do Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha (CSIC) e da Universidade Politécnica de Madrid (CAR-CSIC-UPM) -, coordena o projecto e explicou o objectivo do mesmo. “Este sistema é composto por uma fonte de laser de alto desempenho, basicamente uma extensão das utilizadas na área médica. O raio laser gerado é focado nos meristemas da planta [infestante] por tempo suficiente para queimá-las e, em pouco tempo, também eliminá-las dessa maneira. Será desenvolvido um scanner de precisão para que o feixe de laser acerte os meristemas. As posições dos meristemas serão então determinadas com a ajuda de um sistema de visão inteligente. Este sistema tira fotos da cultura e com o uso de técnicas de inteligência artificial, ele irá identificar as plantas cultivadas a partir das infestantes reais e, finalmente, a posição do meristema de cada infestante usando métodos de inteligência artificial”, afirmou ao site Innovation Origins.

Ainda segundo González de Santos, “pode ser adaptado para operar em qualquer cultura mas será inicialmente aplicado ao cultivo do milho, trigo e beterraba sacarina”, sendo que o sistema inovador permitirá identificar e irradiar pelo menos 90% das infestantes e dos meristemas, mostrando a máquina uma eficácia global de 65,61%.

Relativamente ao multifunções CEOL, o seu sistema híbrido permite-lhe reduzir o consumo de combustível (diesel) entre 3 a 5 vezes o que é praticado por um trator convencional e, por ser equipado com esteiras, reduz os danos na superfície do solo, evitando ainda os sulcos. Nos próximos três anos, o robot de campo será movido a diesel e desenvolverá o hardware e software, seguindo-se depois a 2ª fase do projecto: transformar a máquina para 100% elétrica, de forma a que depois seja comercializada.

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