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Número de matriculações aumenta e contra-ciclo mantém-se

23/07/2022

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O mercado das matrículas em Portugal continua em contra-ciclo com a restante maioria dos países europeus – exceção feita ainda aos países dos Balcãs e alguns países de Leste -, registando novo aumento em relação aos dados que havíamos fornecido após o primeiro trimestre. No fim de maio, o aumento situou-se nos 17,08% - sensivelmente mais três pontos percentuais do que no fim de março (14,5%) - mas trata-se de um contexto ainda marcado pelas entregas que as marcas tinham atrasadas e foram fazendo ao longo dos primeiros cinco meses do ano. Assim, a perspetiva quanto ao futuro, nomeadamente em relação ao último trimestre do ano, aponta para uma quebra, até pelo facto de os aumentos de preços de matérias-primas e energia serem agora iguais ou maiores do que os que se verificavam em março, efeitos de uma guerra cujo impacto só deverá ser palpável na reta final do ano [ver análise dos especialistas]. “Provavelmente na próxima edição d’abolsamia [outubro] já se começa a notar a quebra, que a meu ver será inevitável”, confessou-nos Fernando Garcia, diretor-geral da CNH Industrial. Mais um sinal de que estes primeiros cinco meses refletem atualização de entregas pode ser constatado pelo facto de todos os meses de 2022 registarem mais de 500 tratores matriculados, quando este número por mês só foi ultrapassado em três ocasiões em 2021.

Escalão 51-120cv continua a alargar o fosso
Analisando os segmentos de potência mais vendidos, o escalão 51-120cv confirma a tendência de profissionalização da agricultura em Portugal, com 52,3% dos matriculados (registava 51,6% no fim de março), com o escalão abaixo dos 50cv a ficar já aquém dos 40% que registava em março (39,3%) comprovando a queda. Quanto aos segmentos de maior potência, o de 121-200cv continua na mesma linha – 7,19% contra 7,40% em março – enquanto o escalão acima de 200cv matriculou em abril e maio (18) mais do que matriculara no primeiro trimestre (16), chegando aos 34 tratores matriculados (1,19%).


Marcas
A Solis continua, neste campo, a ditar leis: leva 433 tratores matriculados, 76,6% da totalidade de tratores vendidos em 2021, quando apenas estão contabilizados os números até maio, ou seja, nem meio ano. Entre os cinco primeiros, que não alteraram posições, volta a destacar-se a quebra da Deutz-Fahr – em março era de 14% e no fim de maio já ascende a cerca de 23% em relação ao período homólogo do ano anterior -, tendo as restantes marcas aumentado matriculações em relação a maio de 2021, mesmo que o crescimento da New Holland tenha sido residual (2,19%).

 

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