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Contributo da Mecanização na redução da compactação do solo

17/12/2021

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Compactação do solo

Pode entender-se por compactação do solo, o aumento da densidade do solo com a redução da sua porosidade em resultado de ser submetido a um elevado esforço ou a uma pressão contínua reduzindo a circulação do ar e da água. Uma forma expedita in situ de avaliar se um solo apresenta a condição de compacto ou não, é através do uso de um penetrômetro de cone. O método de ensaio consiste na utilização de um equipamento manual para empurrar uma ponta do cone instrumentado para dentro do solo através de uma haste.

O penetrómetro mede continuamente a resistência necessária para penetrar no solo a uma velocidade constante de acordo com a força do operador. A força total que atua sobre o cone é chamada de resistência de cone e verifica a qualidade do solo, indicando num mostrador se o resultado obtido confere ou não uma situação de compactação. Entre outras consequências do estado de compactação do solo, encontram-se as situações de dificuldade de mobilização e preparação da cama de sementeira e o seu fácil encharcamento por deficiente condução da água no movimento de infiltração. Em qualquer destas situações agravam-se os tempos e necessariamente os custos de realização das operações culturais.

Podem considerar-se três principais fatores na origem de situações que conduzem a compactação do solo: condição natural do clima e do solo, carga animal e pastoreio intensivo, e a ação resultante da passagem sobre o solo pelas máquinas agrícolas. Nestas circunstâncias, que soluções podem ser tidas em consideração para a sua mitigação?

Itinerários técnicos de agricultura de conservação
A opção de itinerários técnicos de agricultura de conservação incluindo técnicas de mobilização na linha e sementeira direta, reduzindo o custo de operação têm a particularidade de realizar uma ação de mobilização vertical do solo que, inclusive pode ter como mais-valia a descompactação de camadas subsuperficiais do solo; ou a não mobilização do mesmo, respetivamente.

Neste caso, evitam-se o uso de máquinas como grades de discos ou charruas que quando utilizadas vezes repetidas com o mesmo angulo de ataque ou grau de profundidade causam frequentemente o que se designa por calo de lavoura – tanto mais grave quanto mais fora do período de sazão for realizada a operação de mobilização. Atualmente o uso de semeadores de sementeira direta com controlo dinâmico da pressão das linhas de sementeira por sistemas de automação com atuadores elétricos, electro mecânicos ou pneumáticos, melhorando a performance de distribuição vertical destas máquinas tem ainda a vantagem de otimizar o consumo de combustível necessário à tração destas máquinas.

 

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