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Automotriz L4: simplicidade máxima a baixo custo

09/11/2021

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A primeira vez da Pellenc numa Feira Agroglobal tinha de contar com uma novidade: a Automotriz L4 centrou atenções. “É a máquina mais simples das automotrizes e de preço mais acessível, com capacidade para 4 mil litros. As cabines e o motor são iguais à gama anterior, a diferença é que na cabeça de colheita é praticamente igual às máquinas rebocadas, é tudo mecânico. É uma máquina para rivalizar com os preços da concorrência. Esta L4, que foi feita este ano e só existe em Portugal e Espanha, surgiu porque estávamos a perder clientes nessa gama mais baixa que pretende qualidade em automotrizes, mas de baixo custo”, explicou Gil Grilo, responsável comercial da Pellenc em Portugal, confessando que nesta altura, a marca “já tem tudo vendido” e está em transição de campanhas, daí a dificuldade constante de marcar presença no certame de Valada do Ribatejo.

“É a primeira vez que a Pellenc está na Agroglobal, estamos em plena campanha do amendoal e da vindima e já preparamos a campanha do olival – é uma fase crítica e o nosso camião não pára, daí a dificuldade em vir a esta feira mas sempre quisemos estar presentes. Aqui temos oportunidade de mostrar a máquina ao vivo e explicar ao detalhe porque o cliente vem cá com tempo para absorver a informação que temos para lhe dar”, explicou.

Antecipar é a alma do negócio
Por ter a capacidade própria de produção, a Pellenc não sentiu dificuldades de entrega em Portugal e respondeu bem aos clientes por jogar em antecipação. “Os primeiros oito meses do ano têm sido positivos porque o desaparecimento da mão-de-obra barata em virtude da pandemia obrigou as pessoas a comprar mecanizado. E como fabricamos quase tudo, não temos falta de componentes, o motor para a Pellenc é comprado 4 ou 5 anos antes para ser testado na máquina com tempo. Quando vamos fabricar 100 máquinas destas, já temos 50 motores em armazém e outros 50 programados para chegar este ano, só faltando pagar. O nosso trabalho nunca é feito em cima do joelho”, diz Gil Grilo. Falta de componentes e alto custo de matérias primas são assuntos que passam um pouco ao lado por uma simples questão: “Somos fábrica... temos uma em França e outra que só faz chassis na Eslovénia. Quanto à força do mercado, o espanhol, que é mais dependente de outros, aí travou um bocado – embora estivesse muito alto e já está a recuperar - mas em Portugal aumentou.”

“Há necessidade de aumentar a equipa em Portugal”
A pandemia praticamente não afetou mas a Pellenc reformulou equipas em Espanha e estuda o reforço da equipa em Portugal. “Em Espanha aumentámos as equipas em oficina mas diminuímos o número de elementos em cada uma, para trabalharem por turnos e precaver por causa do Covid, e contratámos ainda pessoas para as entregas. Agora está a ser discutida a necessidade de aumentar a equipa da Pellenc em Portugal. Quando temos a mesma estrutura e as máquinas aumentam, é mais fácil falhar. Mas perspectivo boas campanhas, 2022 será, na pior das hipóteses, igual a 2021”, admite Gil Grilo, enaltecendo a aposta da empresa na investigação: “Dez por cento do lucro da Pellenc é para investigação, nunca me mandaram parar o desenvolvimento de uma máquina por serem precisos mais 100 ou 200 mil euros, 90% do que investigamos é comercializado mais cedo ou mais tarde.”

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