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ANEFA pede preços justos para produtores florestais face à escassez de madeira

29/10/2025

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A tomada de posição da ANEFA surge na sequência da recente paragem de uma unidade industrial da The Navigator Company, resultante da falta de madeira no mercado nacional e um elevar dos custos na importação.

Segundo a ANEFA, o problema não reside na falta de potencial produtivo das florestas nacionais, mas num modelo económico que tem condicionado a gestão ativa do setor. A associação sublinha que a manutenção de preços pagos à produção sem atualização proporcional aos custos tem levado à sub-exploração e abandono de grandes áreas produtivas, à redução da produtividade florestal e ao aumento do risco de incêndio e degradação do território.

A associação questiona, ainda, qual seria hoje a disponibilidade de madeira em Portugal, se os preços tivessem incentivado de forma continuada a gestão e reabilitação dos povoamentos florestais, ao mesmo tempo que defende que muitas das atuais importações poderiam ser substituídas por produção nacional, com vantagens para a economia, a floresta e a segurança do território.

Para a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, uma política de preços mais justa e previsível teria efeitos imediatos na motivação dos produtores e na recuperação de áreas abandonadas, aumentando a proporção de madeira nacional no abastecimento das indústrias sem acréscimo de custo global para o setor.

A ANEFA considera essencial integrar no debate sobre a sustentabilidade da fileira florestal não apenas os objetivos industriais e ambientais, mas também a viabilidade económica dos produtores.

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