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A visão dos representantes das marcas com João Bizarro e Miguel Espogeiro

27/05/2025

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João Bizarro
Diretor Geral da Moviter para o Negócio Agrícola



Que balanço faz do primeiro trimestre do ano?
As campanhas de abate de tratores vieram trazer muita instabilidade ao mercado. No ano em que são lançadas o mercado sobe exponencialmente, no ano seguinte, baixa drasticamente. Pior que isso, cria expectativas nos clientes da existência de nova campanha. Este ano, é o ano pós campanha, logo naturalmente mais baixo, ainda assim foi um trimestre razoável para a Moviter. Dedicámo-nos à formação dos concessionários e estamos seguros que os resultados aparecerão já neste trimestre.

O que perspetiva para o resto do ano de 2025 (desafios, oportunidades e tendências) no mercado português e tendo em conta a “guerra” de tarifas instalada?
Economicamente, um dos maiores desafios será a gestão de stocks e o custo financeiro que acarretam. Estamos bem dimensionados para os volumes de vendas atuais.
A potência média está novamente a baixar, oportunamente reforçamos stocks destas marcas, lançamos novos modelos/produtos e estamos preparados para essa tendência. Iremos ganhar quota de mercado neste segmento. Não prevemos vir a ser muito lesados com aumentos de preços impostos pelas alterações nas tarifas.
Em termos agrícolas, vai ser um ano complicado. As chuvas tardias trarão mais dificuldades e doenças. O lado positivo, temos as barragens “compostas”. Infelizmente alguns produtos agrícolas importantes e estratégicos não tiveram uma campanha anterior boa e a somar às alterações no comércio internacional poderá trazer dificuldades acrescidas. 2025 será um ano difícil mas desafiante para os comerciantes de máquinas agrícolas. Pretendemos ganhar quota de mercado.

Que tendências considera mais relevantes para o futuro (a médio prazo) da mecanização agrícola em Portugal?
Os Drones, o GPS, a auto condução, enfim, a agricultura de precisão, são algo naturalmente presente no dia a dia da maioria dos agricultores portugueses. Os maiores e mais profissionais têm e utilizam diariamente, os mais pequenos contratam esses serviços. No mínimo, para plantação da sua vinha, amendoal  ou olival.
Em 5/6 anos, a maioria dos compradores de tratores (que vivam da agricultura) terão um sistema de agricultura de precisão nas suas casas. Nessa altura a automatização de operações (pelo menos em culturas como a vinha/pomar) será completamente natural.


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