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Gadanheira tripla da Elho reforça a Maquifataca

02/06/2019

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Prestadora de serviços à agricultura desde 2015, a Maquifataca de João e Liliana Guerreiro investiu em nova gadanheira da construtora finlandesa Elho, representada em Espanha e Portugal pela Comeca e vendida pelo concessionário Agro121, de Beja.

A nova máquina, uma condicionadora de rolos canelados, de três corpos e 16 discos, com largura total de trabalho de nove metros, é a Arrow NM 9000 Delta Sideflow, montada e afinada no local por técnico espanhol da Comeca e testada num Fendt 818 (180 cv) na presença da reportagem da revista abolsamia.

João Guerreiro já tinha outra máquina da mesma marca, uma Deuett 7300, com 7m de largura, considerando que, para quem trabalha no setor, “é muito importante ter um stock de peças em casa, logo é uma grande vantagem, pois se tivermos maquinaria de diferentes marcas isso obriga a ter diferentes stocks.” Numa explicação mais detalhada enumera outras vantagens: “É simples, fiável e leve. Temos por aqui terrenos complicados e quanto mais peso carregarmos pior é. Depois, muita eletrónica envolvida é estar a comprar problemas. A eletrónica é boa e funciona, mas quando as máquinas estão bem resguardadas. No nosso caso, que trabalhamos sempre expostos aos elementos e em períodos longos, poderia criar-nos problemas. Mais tarde ou mais cedo, muita eletrónica, muitas eletro-válvulas originam problemas. E isso é tudo o que não queremos.”

A simplicidade a que fez alusão tende a ser desarmante, explicando João que a gadanha da frente tem um tubo de óleo e as gadanhas de trás têm dois tubos. “Liga-se a TDF e os tubos de óleo e está o assunto arrumado.” A Elho já existente no parque de máquinas da Maquifataca, de modelo diferente, é acoplada à traseira do trator, mas que obriga este a laborar em marcha-atrás. Vantagem: “Deixa um cordão de erva de cada lado do trator, deixando o centro livre para este, que não a pisará. Mais tarde, quando juntamos a erva, o trator fará uma passagem sobreposta e voltará toda a erva. Com este novo modelo faremos três cordões, sendo que as gadanhas laterais juntarão a erva para cima da do meio, que não mexe. Tudo em apenas uma passagem.”

Para João Guerreiro, a função condicionadora, representa a vontade dos clientes em acelerar a secagem.
 

 

Janelas de trabalho curtas
O corte e recolha de forragem para a alimentação animal constitui a ocupação principal da Maquifataca, com base em erva e milho, razão pela qual foi necessário investir numa nova gadanheira. João Guerreiro, que em tempos trabalhou na Alemanha, conta um pouco de uma conversa com um prestador local de serviços: “Eu na altura tinha uma Claas Jaguar 870, relativamente pequena, e ele perguntou-me quantos hectares eu fazia de silagem. Disse-lhe que naquela campanha tinha feito 1300ha, ao que me respondeu que era impossível, com aquela 870. Repeti que o fizera, justificando que fizemos tal área em três meses. Ele estranhou tal prazo, pois a janela de trabalho para forragem, na Alemanha, é de apenas um mês. Ora, a janela de trabalho em Portugal está a encolher, e já passou para dois, até mês e meio, pelo que temos que aumentar a rapidez da colheita. Como prestador de serviços não podemos estar dependentes de uma máquina, pois são muitas horas seguidas e a qualquer momento a máquina pode ter um problema.”

Estávamos em abril, e naquela altura trabalhou-se sem parar, de manhã à noite, sábados, domingos e feriados. “É por isso que a segunda máquina é um escape”, justifica João Guerreiro, que conta novo episódio de pressão a que por vezes se vê submetido: “Trabalhamos aqui com duas vacarias e em determinada altura quiseram cortar erva, e em simultâneo. Foram 250 hectares para cortar em dois ou três dias. Conseguimos fazer isso, desde que não dependamos apenas de uma máquina.”

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