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Novas soluções complementam a gama florestal

24/07/2022

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A presença da Afonso O. Costa na Exploflorestal teve as necessidades do cliente como principal preocupação e foi com esse intuito que a empresa de Anadia apresentou um leque considerável de equipamentos, onde sobressaíram duas novidades: a enfardadeira CB 600 e a cabeça de abate FB500. No que toca à primeira máquina, esta está bem adaptada para a rama de eucalipto e estava, no mês da feira, a ser afinada para o pinho.

“É uma enfardadeira com 66 cm de diâmetro de fardo. A função da máquina é, no terreno onde a rama é produzida, compactá-la ao máximo para transporte. Desta forma, após retirar a madeira, seja de pinho ou de eucalipto, os subprodutos são processados no local. Uma das opções é estilhar, o que implica quase sempre um transporte intermédio da biomassa com baixa densidade, outra é fazer fardos, em que o material é compactado ao máximo, depois cintado e cortado em fardos de comprimento configurável. A enfardadeira tem sido testada para a rama de eucalipto e funciona muito bem. Agora estamos a afiná-la para a rama de pinho, e a torná-la uma máquina mais versátil”, explicou Gonçalo Ferreira, do departamento de projeto da fabricante de equipamentos para exploração florestal e agrícola.

Além disso, a enfardadeira conta ainda com um ‘apoio’ especial. “Temos ainda um opcional: as sapatas que permitem que a compactadora trabalhe em cima de um reboque florestal, mas que depois ‘descanse’ em cima destes apoios de forma a libertar o reboque para o seu trabalho habitual, e permitindo o transporte do conjunto reboque-compactadora”.
 


Cabeça de abate com função de acumulação
Já quanto à cabeça de abate, essa tem a função de acumulação. “Tem uma capacidade de diâmetro máximo de corte de 55 cm e possui inclinação lateral para se adaptar ao local em que se encontra, com um ângulo de 30 graus para cada lado, o que facilita também no descarregar da madeira lateralmente, tornando mais rápido o empilhamento. Tem ainda a função de acumulação, isto é, corta as árvores pelo tronco uma a uma e vai acumulando. Para facilitar o corte de pés com vários troncos, a cabeça foi ainda dotada de grande abertura das garras e angulo da lança, que tem atuação hidráulica. Os comentários dos clientes têm sido muito positivos, quer pela força quer pela qualidade do corte, que pode ser feito mesmo junto ao solo, facilitando a passagem posterior com trator e reboque.”, explicou Gonçalo Ferreira, não deixando depois de dar ênfase a todos os outros equipamentos expostos em Albergaria-a-Velha: “Temos aqui expostos também os nossos reboques, sempre com tração, e gruas, os dois produtos com que nos iniciámos no fabrico das máquinas florestais há 30 anos, e as cabeças processadoras, nas quais já acumulamos mais de 20 anos de experiência. Depois, temos toda uma gama de outros produtos para a floresta, desde grifas, guinchos, pás e corta-matos. Nestes últimos, lançámos agora um modelo novo para giratória, juntando aos que já tínhamos para trator.”


Stock elevado para poder responder a imprevistos
A “incerteza à volta dos preços” é uma realidade mas a Afonso O. Costa tem contornado os problemas das entregas. “Sempre optámos por fazer um stock grande de material e essa aposta tem-se revelado positiva. Ao termos um bom stock, o prazo de entrega não é afetado”, afirma, considerando que há um problema mais difícil: “O preço das matérias-primas já é um pouco incontornável. Embora tentemos absorver parte dos aumentos, não é possível evitar passar uma parte para o cliente.”

Relativamente ao que falta de 2022 e ao início de 2023, é difícil fazer previsões. “Os custos aumentam continuamente e mesmo que tentemos antecipar a compra para ter vantagem mais à frente, alguns preços como é exemplo o do aço já são quase três vezes superiores ao custo normal... Previa-se que os aumentos do ano passado poderiam ser uma situação temporária mas a verdade é que o médio prazo não se afigura melhor”, admite.

 

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